Nas duas ultimas semanas foi divulgado, em varias mídias sociais ligadas a política do Vasco, um vídeo do candidato da chapa “Sempre Vasco”, Sr Julio Brant, se manifestando sobre vários temas, desde as suas preferências gastronômicas pessoais, passando pelo menu e qualidade da comida do restaurante do almirante – a qual para ele é “ruim” – a aparência modesta do mesmo, tendo inclusive o classificado como “horroroso” , até um ataque pessoal a figura do ex-presidente e candidato Eurico Miranda.
Com relação a isso, nós já estamos acostumados. “Playboys” da Zona Sul, avessos às origens humildes e populares que nosso clube tem, costumam realmente abrir a boca para menosprezar aquilo que é nosso, abandonando nossas tradições. Entretanto, o que mais nos chamou atenção, de todas as bobagens que esse Sr teve a ousadia de falar e que estão postadas em mídias sociais, foi a sua decisão de – caso chegasse à presidência do Vasco – abrir mão do direito do VASCO de realizar os clássicos estaduais no histórico Estádio de São Januário, motivo de orgulho de todos os Vascaínos. Para sustentar tamanha ignorância, dissertou que não há segurança no mesmo, além de outros motivos fúteis e sem fundamento.
Mesmo tendo esta última assertiva nos chamado atenção, não nos causou nenhuma surpresa, visto que como parceiros da atual “diretoria”, devem zelar pelos acordos assumidos por esta, como por exemplo a assinatura de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) em que expressamente o VASCO abriu mão de mandar seus clássicos no tradicional estádio, este, como dito antes, motivo de imenso orgulho de toda a nação cruzmaltina. Que não conheçam a história do Vasco, tudo bem; porém para ousar se candidatar ao supremo, honroso e meritório cargo de Presidente do VASCO, este rapaz deveria ao menos ter RESPEITO às tradições que fizeram o nosso amado clube chegar aos 116 anos que hoje possui.
Ao invés de procurar “revolucionar” sem fundamentos ou mostrar aptidões empresariais e mercadológicas que possui em sua vida profissional, deveria antes buscar humildemente conhecer a história, as tradições, a resistência, a soberania e todo o histórico de lutas e embates que esta centenária Instituição experimentou ao longo de todos estes anos, tendo obtido sucesso na grande maioria de suas empreitadas. Deveria também ter como exemplo em especial nosso presidente Eurico Miranda e outros notáveis homens que comandaram nosso clube e suas lutas incansáveis pelos direitos do nosso amado VASCO DA GAMA.
Eurico Miranda sempre lutou contra tudo e contra todos para garantir que o VASCO não fosse prejudicado e alcançando inimagináveis vitórias dentro e fora de campo. Vitórias estas não só esportivas, mas também institucionais e políticas. Se nos remetermos a um passado recente, é fácil lembrar clássicos realizados em São Januário, notadamente quando o Maracanã esteve fechado para reformas. E quando não ocorreram, por desídia, falta de paixão, desinteresse e interesses políticos inconfessáveis, também nos lembramos dos protestos e pedidos de nossa imensa torcida para que nosso direito fosse resguardado. Atitudes que mostraram uma demonstração de força e grandeza de nosso Clube, as quais esse candidato desconhece por completo.
Enfim, vai um recado a este rapaz que se acha no direito de pleitear o honroso cargo de Presidente do Vasco, mesmo tendo aportado no nosso país menos de seis meses atrás:
Candidato, tenho a certeza que a grande maioria, senão a totalidade da torcida do Vasco é veemente contra essa sua intenção de não realizar jogos em São Januario, bem como não corrobora dos termos usados para qualificar o restaurante de São Januário. Claro que não se compara a luxuosos restaurantes internacionais, mas a sala da presidência também não é de “porcelanato”.
São Januário, com muito orgulho, é um estádio construído por nossos antepassados portugueses, com muita luta, muito suor e dinheiro próprio. O valor sentimental que temos pelo único estádio pertencente a clube no Rio de Janeiro, e que durante muito tempo foi o maior da América Latina é muito maior do que meros caprichos de playboys, emergentes ou “novos-ricos”. Aprenda isto.
Dizemos isto para ensinar um pouco de Vasco ao candidato situacionista. O fato de ser o paupérrimo representante fantoche (mais um) da antítese do que são as grandes figuras que já passaram no nosso clube e que conquistaram tantas vitórias e glórias é autoexplicativo.
Surgiu finalmente um representante da continuidade desse Vasco de segunda, curvado, subserviente, humilhado e digno de pena, caracterizado assim por seus colegas de MUV, ora situação camuflada, hoje situação descarada.
Por sorte do Vasco, o fim dessa turma está próximo. Que N. S. das Vitórias nos livre desses descalabros e faça o Vasco voltar a ser Vasco na sua essência.
Sérgio Coelho
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